Empreendedorismo cervejeiro, primeiro Beer Talk Eisenbahn com profissionais discute espaço da mulher no setor

Empreendedorismo cervejeiro, primeiro Beer Talk Eisenbahn com profissionais discute espaço da mulher no setor

- em Eventos

Encontros com mulheres para tratar temas importantes e atuais já não são mais novidades nos dias de hoje. Com a onda gerada pelos últimos movimentos feministas no mundo, estão cada vez mais normais as conversas promovidas em torno de questões relevantes dentro do tópico.

Não é diferente no mercado de bebidas e a cerveja está conseguindo mostrar que esse assunto se torna mais bem discutido ano a ano e a cada passo que o mercado craft cresce, a quantidade de mulheres trabalhando nele também.

As dificuldades do movimento atualmente são outras e estamos apenas continuando uma revolução mais pesada que começou décadas atrás. As recompensas da luta trazem ambientes melhores e mais dignos, igualitários. Segundo pesquisa do Sebrae, o empreendedorismo feminino cresceu 34% nos últimos 14 anos. No mercado cervejeiro não temos números exatos, mas é comum ver mulheres abrindo fábricas, gerindo laboratórios, administrando comércios, brassando receitas cervejeiras, estudando e lecionando. Entre os marcos do feminismo atual estão as redes de solidariedade desenvolvidas por mulheres.

Em 2018, logo no começo do ano, a Eisenbahn convidou 27 cervejeiras para lançar em Blumenau no Festival Brasileiro de Cervejas daquele ano, uma receita de Berliner Weisse. Na fábrica piloto em Itu a brasagem aconteceu a 54 mãos! Leia aqui.

Participantes da Brassagem da Berliner no lançamento em Blumenau. Coordenação do Science of Beer. Juliano Mendes e o cervejeiro Gehard brindando. Foto. Divulgação.

Alguns meses depois, na segunda temporada (e nono ano do concurso) do reality show Eisenbahn Mestre Cervejeiro, a cervejeira caseira Anne Galdino venceu o concurso com sua receita de Berliner. Alcançou um alto lugar no pódio que, até então, tinha sido conquistado apenas por homens. Leia aqui.

Podemos dizer que 2018 realmente foi um ano importante para as mulheres e suas contribuições na ciência. Partindo para um olhar mais amplo do movimento, tivemos duas mulheres ganhando o prêmio Nobel, um de Química e um de Física. Isso nunca havia acontecido antes. Leia aqui. Leia aqui.

Cervejas e petiscos variados embalaram a conversa no Soul Botequim. Foto: Mariana Smania.

Semana passada aconteceu o primeiro Beer talk da Eisenbahn, que trouxe 7 mulheres empreendedoras e cervejeiras para uma mesa cheia de boas cervejas e petiscos, no Soul Botequim na cidade de São Paulo. Junto à mesa jornalistas e pessoas da mídia acompanhavam as conversas (e risadas), fazendo também questionamentos sobre a vivência deste meio e nossas perspectivas sobre o tema (eu era uma das convidadas!). A cerveja que embalou o assunto foi a Berliner da Anne, Happy´n Peace é o nome dado ao rótulo, que finalmente pode ser encontrada em diversos pontos de venda. Saiu também em outros veículos da mídia: Leia aqui e Leia aqui.

“Um evento repleto de trocas, sororidade e carinho. ” Postou a Daiane Colla no seu Instagram, a jornalista e cervejeira em determinado momento puxou para si a fala, comentando o quanto estamos caminhando para “desconstruir preconceitos” que foram semeados na sociedade de maneira geral, pois antes eram as mulheres quem fabricava e cuidava da cerveja.

Mesa cheia de conversa e risadas. Atente para @pricolares_  (terceira da esquerda para direita) que se diverte mais do que as outras na foto! Foto: Mariana Smania.

Além do bate-papo, a turma convidada respondeu a perguntas enviadas pelos internautas no Instagram da @eisenbahn.  As respostas estão na aba “Mês da Mulher”, nos destaques do perfil da Eisenbahn no Instagram. Vou dar um resumê aqui:

A @pricolares_ falou sobre sua primeira experiência com a cerveja artesanal. A pergunta foi do @lucaskarner. Não é segredo que a sommelière gosta das cervejas Weiss, famosas “Trigo”.

A @jessicaparolin_ perguntou sobre o sentimento que nós temos em “ser referência e inspirar outras mulheres”. A @luizatolosa quem respondeu essa e disse: “podemos trabalhar com o que quiser”. Liberdade de escolha para fazer o que gosta!

O @w_sommelierbr queria saber qual a importância das mulheres no mercado. A @daianecolla respondeu que “estamos retomando o espaço pós revolução industrial”. Não só na cerveja, mas em outros temas também.

A @rafadeconti sugeriu ao @pedron_nascimento uma cerveja witbier, respondendo a pergunta de qual estilo é melhor para começar a tomar.

@jezebelbrewery queria saber a diferença entre IPA e APA e @dainecolla respondeu de maneira sucinta, mas com a indicação de que “intensidade” é a palavra chave.

Para @duduqueirozz a dúvida era com relação as cervejas puro malte e a @mulherescervejeiras respondeu explicando a importância dos ingredientes de maneira geral na composição.

Simples, o @guichicorsqui queria saber da @rafadeconti “Long neck ou latinha?”

@martinmontingelli mandou uma pergunta mais técnica, ele queria saber sobre cloro na água e a @pricolares_ respondeu essa dúvida de processo. Nem pouco e nem sobrando né Pri?

Bia Amorim, Taiga Cazarine, Paty Saka, Dayse Resende, Priscilla Colares, Daiane Colla e Rafaela de Conti. Foto: Mariana Smania.

O @lucaskarner queria saber “como enxerga o mercado cervejeiro lá na frente” e a  @luizatolosa respondeu que no futuro ela vê que “a das variedade de marcas e mercado mais amadurecido” é um ponto alto.

@mobile_alonso questionou sobre o cenário mundial e o papel do Brasil nesse espaço. A beer huntress @taiga comentou que Catharinas Sours estão abrindo o olho dos gringos com o estilo “controverso” nacional, e que o país já é conhecido lá fora.

@casersilva queria saber qual é o próximo concurso do Eisenbahn Mestre Cervejeiro e a @patysaka que é do time Eisenbahn respondeu que este ano Session IPa já está rolando, e no final do programa o novo estilo do ano que vem será escolhido!

Para finalizar o @amaurif perguntou quando as mulheres vão dominar o mundo e essa eu pude responder =) . Acredito no equilíbrio e não na dominação de um só gênero. Respeito é a grande evolução.

Eu fazendo o serviço com a Berliner da Anne Galdino, fabricada pela Eisenbahn após o concurso de 2018. Foto: Mariana Smania.

#todasabordo

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Sobre o Grupo HEINEKEN no Brasil

A HEINEKEN chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A (“Brasil Kirin”), tornando-se o segundo player no mercado brasileiro de cervejas. O Grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 15 unidades no país, sendo 12 cervejarias, localizadas em Alagoinhas (BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE), duas microcervejarias, em Campos do Jordão (SP) e Blumenau (SC), e uma xaroparia, em Manaus (AM). No Brasil, o portfólio de cervejas do Grupo HEINEKEN é composto por Heineken®, Sol, Kaiser, Bavaria, Amstel, Kirin Ichiban, Schin, No Grau, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn e Glacial. O portfólio de não alcoólicos inclui Água Schin, Schin Tônica, Skinka e os refrigerantes Itubaína e Viva Schin. Com sede em São Paulo, a companhia é uma subsidiária da HEINEKEN NV, a maior cervejaria da Europa.

Currículo das cervejeiras: 

Rafaela De Conti – Especialista em harmonização e em análise sensorial, além de Sommelier de cervejas e mestre em estilos de cervejas;
Bia Amorim – Uma das juradas do reality Eisenbahn Mestre Cervejeiro. Sommelier de cervejas, consultora etílica e editora do Farofa Magazine, portal dedicado à gastronomia e cervejas;
Dayse Resende – Microbiologista especialista em leveduras, além de sommelier de cervejas;
Pri Colares – Membro da associação internacional de mulheres do ramo da cerveja, a Pink Boot Society, além de professora e coordenadora do Instituto Brasileiro da Cerveja e colunista do site All Beers.
Daiane Colla – Jornalista e sommelier de cervejas, é colunista da Revista da Cerveja, embaixadora do Brussels Beers Challenge para o Brasil e idealizadora do Cerveja na Mala;
Luiza Tolosa – Sócia-fundadora da Cervejaria Dádiva e sommelier de cervejas;
Taiga Cazarine – Beer huntress, jornalista, juíza BJCP, professora e sommelier de cervejas e mestre de estilos;
Patricia Sakakura – Sommelier de cervejas e integrante do time Craft Experience da Heineken Brasil;

Aqui deixo o link de dois artigos que escrevi sobre o tema cerveja e mulher, AQUI e AQUI.

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