Ícone do site Farofa Magazine

Farofa explica: por que a carne está nas alturas?

Carnes mais caras, consciência coletiva vegana, cortes mais saborosos. Uma mistura de acontecimentos está mudando a forma de consumo da proteína animal. 

 

Começo o texto pensando nas piadas mais infames sobre carne, ser do contra, acabou a maminha e não a mamata. Brasileiro vira vegetariano com o preço da carne, mas não larga a comédia ruim. Eu como carne, mas venho repensando minha alimentação faz algum tempo.

Na minha linha gourmet filosófica, ainda não ia parar de comer carne, mas o preço tem nos obrigado. Tudo bem, se você como eu, também viu o documentário Dieta de Gladiadores (The Game Changers) , se convenceu que não é má ideia tornar sua dieta pensando em desempenho e saúde, financeira. O diretor Louie Psihoyos é premiado, os produtores ninguém menos que Jackie Chan, Arnold Schwarzenegger e James Cameron. É moda ou consciência coletiva?

Mas o assunto é sério e muitos brasileiros vão ter que repensar o churrasco do final de semana. Segundo a Folha de São Paulo, o churrasco virou artigo de luxo (AQUI). Os arroubas do boi estão valendo mais que os likes na galera de luva preta do Instagram. O que fazer agora com tanto Stories sobre curso de churrasco, sal no cotovelo e costela de chão?

No site do jornal gaúcho Gauchazh, a chamada é a seguinte: “para o churrasco não ficar vazio”- e dá dicas de corte e conta como o pessoal, apaixonado por churrasco, anda fazendo com essa mordida alta do preço da carne. (AQUI) A Ministra da Agricultura Tereza Cristina até disse que deve baixar o preço, mas não volta no patamar que estava. Azia.

Por que o preço da carne aumentou tanto?

A China teve um problema muito sério com seu rebanho suíno. Existe uma doença que ataca os animais e toda produção é perdida. Em 2018 já existiam notícias sobre isso (AQUI) e os avisos de alto contágio estão em alerta. Em abril deste ano, as notícias assustavam (AQUI), e foram consideradas pandemias globais. O aumento da carne em média ficou em 35%. As previsões não são boas pois a doença ainda não foi controlada e cresce pelo mundo. Desde 2013 a doença é observada e cresceu de 5 países para 31 até agora. (AQUI)

Pesquisamos em 6 açougues de diferentes localidades da cidade de Ribeirão Preto (SP), desde em bairros mais periféricos, aos açougues boutiques (onde o gado é rastreado e sabe-se nome e sobrenome do animal). E também em duas redes de supermercados que abastacem boa parte da cidade e região. Confira no gráfico abaixo o preço de alguns cortes mais pedidos:

O que se ouve dos açougueiros é que nem todos estão repassando o aumento direto. Alguns ainda seguram as pontas e outros estão esperando o estoque renovar. É momento de aproveitar? No caso, o melhor é buscar por cortes saborosos. Repensar os costumes e como realmente a criação de gado interfere em nosso planeta. Nunca é tarde para mudar velhos hábitos por novos e melhores. Quem sabe menos e melhor, no quesito sabor.

Entenda o caso e inspire-se para alternativas

Aqui alguns links interessantes para essa fase e para entender o que aconteceu com a China do dia para a noite:

SUSTENTABILIDADE

RECEITAS 

Sair da versão mobile