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Uma viagem nostálgica por 9 produtos que vão te fazer voltar à infância

Balinhas macias e memória. Foto: Fran Micheli

Sabe quando você está em uma roda de amigos e começam a falar sobre coisas do passado? De certo, em algum momento, falam sobre as saudades de algo que fez parte da infância, da época de escola quando todos se reuniam na casa de alguém para fazer uma farra. Essas memórias, pode perceber, quase sempre estão rodeadas de comidas e guloseimas que fizeram parte de encontros e momentos compartilhados.

Inspirada no passado, a lista da vez é dedicada aos ícones da indústria brasileiro que fizeram parte da vida de muita gente. E pra você, qual tá no topo da sua memória afetiva?

Chocolate surpresa

Surpresa foi uma linha de chocolates ao leite em tablete produzida pela Nestlé, lançado primeiro na França e depois no Brasil, mais precisamente no ano de 1983. O produto vinha com colantes com temas da natureza e uma ficha com detalhes de diversos animais como o nome popular, a família, o nome científico, habitat, hábitos alimentares, reprodução e suas particularidades.

Para adquirir o álbum para colar, era preciso enviar uma carta à Nestlé com um certo número de embalagens vazias, que variava entre 3 e 4 embalagens. Assim, a empresa manteve o produto por mais de 15 anos no mercado brasileiro e se tornou uma referência comercial nas décadas de 1980 e 1990.

Serenata do amor (com poemas)

Serenata do amor é uma marca de bombons criada em 1949, que revolucionou o ramo dos bombons da época. Até então, bombons não eram redondos e, em um período em que não haviam máquinas para embalar produtos que não fossem quadrados e retangulares. A idéia foi bem fora da caixa.

Seu nome foi inspirado em uma história real, na qual um dos membros da família  fundadora da marca recebia serenatas de seu amado. Inicialmente, a sugestão do nome foi de “Serenata ao Luar”, no entanto o nome já existia em outro produto e por fim, acabaram adaptando para o nome que perdura até hoje.

Após muitos anos no mercado a marca levou a sério seu nome ao colocar no interior de suas embalagens poemas com diversas frases de amor. Muitas instigavam a entregar para alguma pessoa querida e até mesmo as propagandas da época. Infelizmente, a marca parou de investir na ideia nos anos 2000.

Cigarrinhos de chocolate

Eram vendidos em uma caixa estampando um menino branco e outro negro, ambos segurando um cigarro de chocolate. Fez muito sucesso entre as crianças na época, que brincavam ao simular estarem fumando um cigarro antes de comer.

Assim, o produto gerou muita polêmica e foi retirado das prateleiras. Posteriormente seu nome foi mudado para “rolinhos” e depois para “chocolápis”, para evitar que as crianças fossem induzidas ao tabagismo.

Bala Chita

A bala foi criada em 1945 pelo espanhol João Rucian Ruiz, que projetou as máquinas que fariam as primeiras balas mastigáveis do Brasil. O nome da bala veio da paixão que ele tinha pelos filmes do Tarzan.

O primeiro sabor foi o de abacaxi, depois vieram os de uva, banana entre muitos outros. Elas tinham como característica uma certa dureza na hora de mastigar e muitas vezes grudavam nos dentes, e talvez essa fosse a maior graça.

O que pouca gente sabe é que a fábrica, a Cory, fica em Ribeirão Preto, e também é responsável por outro clássico da infância, as balas Ice Kiss. O G1 fez uma matéria bem legal sobre o processo de falência e recuperação da Cory. 

Geleia da Turma da Mônica

Quem se lembra das geleias da Turma da Mônica da marca Cica? Elas eram vendidas na década de 1990 e vinham em copinhos de vidro nos sabores morango, goiaba, uva e ameixa.

Em 1998, a Cica fez uma propaganda que foi veiculada em várias revistas em quadrinhos da turminha criada por Mauricio de Sousa, onde eles apareciam colhendo as frutas para o preparo desta geléia que marcou a infância de muita gente.

Elas podiam ser passadas no pão, na torrada, em biscoitos de água e sal e dava até mesmo para comer de colher. Certamente, as geleias faziam o café da manhã e o lanche da tarde serem mais deliciosos.

Drops Dulcora

Dulcora era uma fábrica brasileira de balas, drops e confeitos, conhecida pelos famosos Drops Dulcora, que tinha presença obrigatória nos cinemas de rua da época.

Sucesso absoluto nas décadas de 1960 e 1970, os drops quadrados dominavam o mercado em sua época. A fábrica que era localizada na Via Anchieta chamava a atenção por ter enormes drops no gramado, formando o logotipo da marca. Sumiram no início dos anos 1980.

Lanche Mirabel

Grande sucesso entre as crianças nos anos 1970 e 1980, o Lanche Mirabel nada mais era do que um pacote pequeno de bolachas wafer, com apenas oito unidades, e que se tornou hit principalmente nos lanches de escola.

Ela vinha em diversos sabores, mas o mais conhecido era o da embalagem vermelha,  Wafer Crocante. Em 2001, a marca saiu do mercado, quando a fabricante Mirabel foi comprada pela Adams, e em 2012, a Mabel, tradicional fabricante de bolachas reativou o Lanche Mirabel, mas sem o mesmo sucesso.

Achocolatado Muki

O achocolatado Muki era fabricado pela Kibon nos anos 1970, sempre vinha com um brinde como imagens transferíveis para colecionar. Também teve um período  em que duas tampas do achocolatado formavam um ioiô.

Um slogan que marcou a linha de achocolatados foi “Pense numa coisa bem gostosa. Se pensou em Muki, acertou”. A Kibon apostava nos sabores morango e chocolate e ambos tinham cristais de açúcar marrons e vermelhos, o que dava a sensação de realmente terem pedaços de chocolate e morango.

Hoje existe no mercado uma marca semelhante, o Muky, com “Y”, mas sem nenhuma ligação com o de décadas atrás.

Extrato de Tomate Elefante

A marca de extrato de tomate Elefante, um dos itens de maior prestígio e de vendas no portfólio da Cica – a mesma fabricante da Geléia da Turma da Mônica -, tem sua origem no gosto de Rodolfo Bonfiglioli, filho de um dos fundadores da empresa, por caçadas de elefantes (sim, triste).

Já o elefante verde que aparece na decoração das latinhas, o personagem Jotalhão, foi criado por Maurício de Souza nos anos 1960 para uma campanha publicitária – que não foi adiante – do Jornal do Brasil, o JB, que tinha aquele animal como símbolo do seu caderno de anúncios.

Oferecido então à Cica, foi adotado, dentro de um processo de modernização do design do produto e da estratégia de comunicação da empresa. O Jotalhão substituiu o desenho realista de um elefante, animal que aliás integrava o logotipo da Cica.

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