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Cervejarias artesanais poderão se beneficiar com a criação de Frente Parlamentar Mista

Criação da Frente Parlamentar Mista contou com a participação de integrantes da Abracerva Crédito: Divulgação

Atuar em prol do mercado cervejeiro, buscando trazer benefícios para as marcas e tributações mais justas. Estas são as principais bandeiras da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva). E uma novidade poderá contribuir para avanços no setor. Na última quarta-feira (22), a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Brasileira de Bebidas iniciou os trabalhos no Congresso Federal. A cerimônia realizada no salão nobre do local oficializou o grupo e integrantes da Abracerva representaram a entidade na solenidade. O presidente do grupo será o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP).

A Frente Parlamentar Mista tem entre seus objetivos atuar pela melhora do ambiente de negócio no país para micro e pequenas indústrias de refrigerantes e cervejas. O intuito é defender a igualdade tributária e de concorrência para todo o setor. Para Alberto Nascimento, diretor de relações institucionais da Abracerva, o momento é histórico. “Nossa missão é defender os interesses das cervejarias independentes de todo o Brasil e criar esse contato com o grupo que irá atuar neste sentido é essencial”, afirma.

Carlo Lapolli, presidente da Abracerva, acredita que este é um passo significativo para o segmento. “Para nós, é muito importante ter um fórum de diálogo permanente no Congresso Nacional, para que a gente consiga melhorar as condições de negócios das pequenas cervejarias. A Abracerva, calcada na sua independência, apoia a Frente Parlamentar Mista”, afirma.

Entenda o porquê da criação do grupo
Os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, realizados durante anos no país, beneficiaram com dinheiro público as gigantes multinacionais do setor de bebidas. O cenário começou a mudar em 2018, quando o então presidente Michel Temer baixou de 20% para 4% o Imposto sobre Produtos Industrializado (IPI). Isso afetou diretamente as grandes multinacionais, já que a produção nacional e o consumo foram incentivados. Agora, essas indústrias internacionais estão trabalhando para aprovar no Congresso um decreto que coloque novamente o imposto na casa dos 20% para fabricantes brasileiras – o que prejudicaria praticamente toda a cadeia e até mesmo o consumidor.

Esse movimento foi o motivador da criação da Frente, que, além dessa questão, atuará em defesa de políticas tributárias justas para o setor e correções de distorções neste sentido que aconteceram nos últimos anos, defesa de iniciativas para promoção da geração de empregos no setor e outros segmentos.

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