Em meio a bolos de chocolate, tortas e brigadeiros, uma reflexão sobre as coisas da vida. Assim nasceu o Minha Mãe Fazia, projeto que a jornalista Ana Holanda desenvolveu para registrar suas memórias afetivas ligadas à culinária. No início, o objetivo era apenas contar os momentos na cozinha com as filhas e o marido, mas com o tempo, o projeto foi crescendo e Ana se tornou uma estudiosa dedicada à história dos cadernos de receita.
Para a jornalista, acompanhar a evolução dos livros onde nossas bisavós e avós anotavam seus tesouros culinários é resgatar a história e compreender a transformação do papel da mulher na sociedade. “Através das receitas e do modo como eram feitas, entendemos como a mulher se comportou com a chegada da comida industrializada, do fogão a gás, da tecnologia.
Entender nossa relação com a comida ao longo dos anos nos ajuda a recuperar as nossas raízes”.

Ana é adepta da alimentação natural. Aprecia o fazer em casa e o sentar à mesa em família, mesmo que a correria do dia-a- dia dificulte tudo isso. Numa conversa pelo Skype, ela me disse que é preciso enxergar o quanto de alma tem na comida que oferecemos e que o alimento fresco é precioso porque ainda mantem uma conexão com a vida da terra. “Quando servimos comida a alguém, servimos sentimento também. Alimentação não é só nutrição, vai além disso e sentar à mesa define nossas relações e conexões afetivas”.
O Minha Mãe Fazia foi tão fundo no tema da cozinha afetiva que Ana foi convidada a fazer a curadoria de uma exposição de cadernos de receitas, instalada no Museu da Imigração, em São Paulo. E em 2017, a intenção se transformou em realidade e as histórias foram publicadas em livro.
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