O Zulu lançou uma cachaça, mas é muito mais que isso. Esta semana estive no São Conrado bar, na Vila Madalena em São Paulo, para provar o lançamento da Zuluzêra e saber mais sobre essa nova fase do consultor de bares e que já foi conhecido por seus bitters, por seu coquetel de assinatura, o Banzeiro e pela sua simpatia baiana contagiante. Agora ele tem uma cachaça!
Na carta de coquetéis de muitos bares o Banzeiro já consta como drinque na categoria “Brasileiros” junto com Rabo de Galo e Macunaíma, para além das caipirinhas. Na mistura deste coquetel saboroso a cachaça com uma nota de Amburana faz toda a diferença na receita que ainda leva limão, açúcar, vinho tinto e espuma de gengibre (uma delícia, garanto!).
De terno, chapéu e chinelo, mais brasileiro impossível, ele discursa sobre os motivos de ter pensando em lançar uma cachaça para acompanhar o seu coquetel e muitos outros a serem criados, para o Brasil e o mundo! Figura conhecida no mercado de coquetelaria, Laércio Zulu já ganhou prêmios importantes, nos representou como bartender no exterior em campeonatos mundiais e fez a carta de vários bares pelo país. Para ele a cachaça é um símbolo cultural importante e tratar bem essa bebida é avançar não apenas na coquetelaria brasileira, mas em muitos aspectos de nossa história.
Segundo o MAPA, eram 936 produtores de cachaça regularizados no Brasil em 2021. Segundo dados da Embrapa a aguardente de cana é a terceira bebida destilada mais consumida no mundo e a primeira no Brasil. Segundo o Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC), a produção é em torno de 1,3 bilhão de litros por ano, sendo que cerca de 75% desse total é proveniente da fabricação industrial e 25%, da forma artesanal. O Brasil consome quase toda a produção de cachaça; por volta de 1% a 2 %, apenas, é exportado (2,5 milhões de litros). Os principais países compradores são: Alemanha, Paraguai, Itália, Uruguai e Portugal.
A cachaça Zuluzêra é feita de forma cigana, como chamamos no mercado de cervejas, ou seja, ela é industrializada a pedido do freguês, no caso, o Zulu. Produzida na Fazenda Cio da Terra que fica na Bahia e também produz uma cachaça chamada Matriarca. A Zuluzêra, feita sob medida, buscava com tradição e inovação representar o que Zulu acredita para a coquetelaria atual, tem 42% de ABV e uma nota presente de cana-de-açúcar, com equilibrada presença de amburana.
“Procurei uma destilaria que tivesse a preocupação com a qualidade do líquido do campo ao copo, que investisse em pesquisa e aprimoramento. Chegamos a um blend com muita presença, que resiste à diluição e mantém sua personalidade nos coquetéis” conta Zulu durante sua apresentação.
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