Governo de Minas quer queijo artesanal como patrimônio da humanidade

Governo de Minas quer queijo artesanal como patrimônio da humanidade

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Queijo Canastra | Foto: Panorama Coletivo

Começou nesta segunda-feira, 28 de novembro, um passo importante para o reconhecimento do Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal: a apresentação da sua candidatura oficial a patrimônio cultural imaterial da humanidade no Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, que ocorre até o dia 2 de dezembro, em Rabat, Marrocos.

Liderado pelo Governo de Minas, com apoio de associações de produtores e do Iphan, e realização do Centro de Referência do Queijo Artesanal – MG (CRQA), o comitê brasileiro preparou uma série de atividades para demonstrar a importância e riqueza cultural e gastronômica dessa iguaria.

“O processo da candidatura a patrimônio é longo e só começa oficialmente em 2023, mas a Unesco abre a possibilidade de, um ano antes, os proponentes realizarem atividades de sensibilização. E trouxemos várias”, conta a diretora Executiva do CRQA, Sarah Rocha.

Atividades gastronômicas querem sensibilizar comunidade internacional

CRQA no Marrocos – Sarah Rocha, a chef Bruna Martins e sua souschef Ana Clara

A convite do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o CRQA preparou uma série de ações para apresentar a riqueza da nossa cultura queijeira para a comunidade internacional.

No espaço “Flavors from Brazil” (Sabores do Brasil), o participante no encontro da Unesco poderá visitar uma exposição imersiva que apresenta as histórias e o modo de vida dos produtores, além do modo de fazer do nosso queijo. Com produção do estúdio Deeplab Project, um cubo de espelhos foi montado com projeções 360º de cenas gravadas em Minas Gerais, para que o público possa entrar e se sentir verdadeiramente no estado brasileiro.

A experiência fica ainda mais completa com os aromas e sabores dos queijos, pratos e iguarias do estado, em uma degustação assinada pela chef Bruna Martins, à frente dos restaurantes Birosca e Florestal, em Belo Horizonte.

O cardápio foi desenvolvido com os queijos de 27 produtores de todo o estado, em parceria com a Associação Mineira dos Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo). Mais de 200 peças foram enviadas para Marrocos, para serem servidas em degustações e coquetéis, e presenteadas a autoridades internacionais.

“A ideia é levar para Marrocos a afetividade e receptividade tão famosas na cultura de Minas Gerais, junto da qualidade e sabor da nossa gastronomia, representada pelo queijo artesanal. Que cada visitante sinta um pouco do que é a experiência de visitar Minas, conhecer seu povo e se deliciar com a comida, e assim se tornem também defensores da nossa candidatura a patrimônio”, finaliza Sarah.

A secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, reforça a importância desse momento. “É uma honra estarmos aqui no Marrocos, na 17ª Reunião de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da Unesco. Viemos para representar os modos de fazer o queijo minas artesanal com o intuito de promover esse nosso importante patrimônio imaterial. É muito necessário que juntos possamos fortalecer nossa cultura, nossa arte e também os nossos saberes tão valorosos para Minas Gerais”, afirma.

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