Um copo grande, uma fatia de laranja, uma cerveja gelada e a montagem rápida e simples de uma experiência refrescante. Cerveja não é só sobre sabor, mas também servir. No trabalho de sommelieria, vez ou outra degustamos cervejas 😊. Desta vez o trabalho era sobre servir, degustar e gravar!

Alguns dias atrás eu fiz um trabalho (#publi) para a cerveja Blue Moon e fiquei pensando sobre todas as etapas que eu precisava fazer para gravar o vídeo e postar no Stories do meu Instagram. O job era falar muito rapidamente sobre a cerveja, mostrar o ritual e comentar sobre a promoção que aconteceu naquela semana.

Pensei na primeira vez que eu ouvi falar sobre essa cerveja, era famosona nos Estados Unidos e muita gente lá tomava com a laranja na borda do copo, quase um cocktails. Mas ainda não tinha no Brasil. As cervejas importadas sempre tiveram um certo buzz por aqui e com essa não foi diferente. Queremos provar sabores pensados em outros lugares e a Blue Moon nos serve direitinho com seus cítricos, refrescantes e bem carbonatados goles.

A cerveja Blue Moon. Foto: Lukas Barreto
A cerveja Blue Moon. Foto: Lukas Barreto

Estilo Belga

O estilo witbier é uma receita que eu curto muito e respeito a memória que me traz ao pensar que ao começar a beber as cervejas artesanais, por volta de 2008, foi uma cerveja que me encantou muito. Clara, turva, sem amargor, uma textura levemente mais macia. Além do fato que vai semente de coentro (NÃO é a folha! Serião, o sabor é outro) e casca de laranja na receita, na época achei gourmet (e na época tudo virava gourmet, lembra?). Hoje em dia, acho que é uma cerveja gastronômica e casa bem com muitos pratos, senta direitinho à mesa.

Para gravar o vídeo, o trabalho precisava ser real. Então lá fui eu comprar uma laranjona bem bonita, bem laranja também. Pintei as unhas de azul, vale comentar aqui porque recebi tantas mensagens sobre esse detalhe, que achei que é válido entender como o pormenor está na atenção de quem tudo vê!

Copo oficial da marca bem limpinho e polido com o meu paninho de sommelier. O Lukas Barreto tava prontinho pra começar o vídeo, luz, câmera e ação!

O ritual

Lá vamos nós rolar a garrafa na superfície plana. As cervejas de trigo têm um charme extra quando você dá uma giradinha na garrafa e mistura um pouco mais essa turbidez toda cheia de pequenas partículas de sabor! Não chacoalha não, faz um movimento aê bem bonito. Se diverte que o ritual é para fazer parte da apreciação do todo.

Abriu a garrafa?! Tsss, claro! O Som da Música que meus ouvidos cervejeiros curtem.

Como é uma cerveja bem carbonatada, tem trigo e tals, a espuma pode te enganar, e se derramar láááá de cima da boca do copo, vai cair feito uma bigorna. A espuma de uma cerveja é muito importante para a percepção visual, por isso, eu tombo o copo em uma angulação que ajude a cerveja correr pelas paredes do vidro, chegando ao fundo feito um tobogã gentil. Depois, conforme o copo for enchendo eu vou também ajustando a angulação garrafa/copo, até eu servir todo o conteúdo!

Ficou bonita, uma espuma caprichada e vou colocar a fatia pré cortada em rodela e com uma incisão do meio a borda, que é onde encaixo no copo, perfeitamente. Daí, toda vez que eu levar a cerveja para o gole, os aromas da laranja ficam exalando e potencializando o sabor. Saúde!

Trabalho entregue, vamos aos goles

Imagina, eu do jeito que curto serviço de cerveja, além de uma ótima apreciação de visual e sabor ter apenas poucos segundos para comentar sobre a Blue Moon no vídeo! Entendo que assim como em um serviço de bar ou restaurante as coisas precisam ser mais rápidas, precisas e com pouco blá blá blá. Só que quem curte uma cerveja assim e vai se dar “ao trabalho” de montar esse ritual todo, trocar ideias e refletir sobre esse momento, que pra mim é parte da experiência, quer falar e escrever mais sobre o assunto.

Depois do vídeo feito, é dar uma bela golada e oferecer para o videomaker, que o tempo inteiro estava vendo apenas pela telinha, como todo mundo do Instagram. Como resolve isso 😉?

 

#AprecieComModeração

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