Estive de péssimo humor nos últimos dias. Tomada pelas notícias que chegavam de todos os lugares, quase afundei no twitter. Depois dos cancelamentos de todos os trabalhos futuros, em quase um piscar de olhos, achei que por um momento o meteoro viria. Não ia ter tempo de beber as cervejas que estão guardadas no armário.
Todos os dias, a cerveja aberta é um alento para as pessoas do mundo. Claro que outras bebidas também são caminhos para a alegria, mas a cerveja é a mais democrática de todas. Ela é universal. Aqui no Brasil, a cerveja tem uma história muito legal e nos últimos anos fortaleceu muito o nicho de cervejas chamadas artesanais. Locais.
Nesta quarentena, os bares foram fechados. Os botecos foram fechados. Os restaurantes baixaram as portas. Não sobrou rooftop nem baixada. Não tem mais #sextou, não tem encontro de happy hour no barzinho perto do trabalho e da faculdade, não tem mais mesa na calçada. Estamos todos bebendo sozinhos e esse momento é um momento de ficar em casa. Mas nem por isso, a gente precisa deixar de fazer coisas que nos fazem bem e o lazer e entretenimento necessário para um sorriso solto no meio do caos.
Neste momento, quem curte beber cerveja não bebe mais apenas por sabor. Bebe também de forma política. Quem bebe cerveja artesanal hoje, em casa, pedindo via delivery, ajudando o pequeno empreendedor, bebe de forma a ajudar a manter a estrutura econômica de um setor que batalhou e muito para ter qualidade nos copos, em casa e no bar.
Se você tá em casa e já é hora de abrir uma cerveja, mesmo que sozinhe, faça isso. Vai no instagram, que tá rolando um monte de lives super bacanas, que parece até o que o bar proporciona: Bate papo, conversa solta, risada, aprendizado, troca de experiência e a convivência social que tanto estamos sentindo falta.
Buscando sempre Saúde!
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Photo cerveja: via BLACK_AMY_PARKES Unsplash