A história dos empreendedores Diego Salvanha e Guilherme Firman com iogurte não é de hoje. Em 2014, eles criaram uma microfábrica de iogurte em Ribeirão Preto, a Perattos, e foi nessa época que um novo mercado começava a ser explorado: o dos iogurtes especiais.
O trabalho diferente e perfeccionista com a Perattos atraiu o interesse da investidora Adriana Azzolin, que então chegou para integrar o time. O cenário de expansão fez com que os dois começassem a buscar uma nova estrutura para comportar o sonho que não parava de crescer. Depois de visitarem mais de 40 imóveis, chegaram a um galpão em Brodowski.
Em pouco tempo, a vida dos dois virou de pernas para o ar e a brincadeira começou a ficar séria. Atualmente, com capacidade para produzir seis milhões de potes de iogurte por mês, a Umilk ainda é uma empresa bebê. Com pouco mais de um ano de vida, a fábrica se dedica a um único produto por enquanto: o iogurte do tipo Skyr, feito apenas com leite dessorado e fermentos lácteos, sem açúcar, lactose, conservantes ou aditivos químicos.
O superalimento
Batizado de Moo, este é o primeiro e único iogurte Skyr fabricado e disponível no mercado brasileiro. Com suas origens milenares na Islândia, o Skyr é considerado um superalimento por conter de 15 a 17g de proteína por pote de 130g, além de alto teor de cálcio e vitaminas.
De acordo com Guilherme Firman, sócio proprietário, a intenção não foi atingir apenas o público fitness e sim pessoas que valorizam a alimentação natural. “O Skyr é um produto em ascensão na Europa e nos Estados Unidos, por isso resolvemos apostar estrategicamente neste estilo e não no iogurte grego, que já vem sofrendo uma decadência no Brasil”.
A estratégia deu tão certo que, depois de apenas cinco meses do seu lançamento oficial no Eataly, em São Paulo, a distribuição do Moo caminha a passos largos. Hoje, o iogurte é vendido em oito estados brasileiros e está presente em 240 pontos de venda. A chef de cozinha Bel Coelho foi uma das primeiras a usar o iogurte em suas receitas.
A produção
Quando o leite chega à fábrica, ele passa por um processo livre de contato manual em uma sala controlada. A centrífuga, então, retira todo o soro e a água e ao leite são adicionadas enzimas que eliminam a lactose. Graças a esse processo, o iogurte é altamente concentrado, mais espesso e contém quatro vezes mais proteínas que o iogurte comum.
Todo o leite vem de pequenos produtores da região que tratam as vacas sem hormônios e com padrões rígidos de respeito ao meio ambiente.
Hoje o Moo é oferecido em quatro sabores: natural, laranja com gengibre, morango e mel.
Prêmios internacionais
A identidade sempre foi uma grande preocupação dos sócios, que pretendiam apresentar o Moo de uma forma impactante. “A estratégia das grandes indústrias é sempre fazer rótulos parecidos com os de seus concorrentes para confundir o público e assim ganhar consumidores. Decidimos fugir dos rótulos coloridos, com fotos de frutas e leite e fontes grosseiras. Usamos uma embalagem branca, limpa, com ilustrações do estilo científicas e textos leves que contam a história do produto”.
A embalagem importada ganhou um rótulo criado por uma agência grega, a Mouse Graphics, ganhadora de inúmeros prêmios de design.
A ideia deu tão certo que com pouco mais de cinco meses no mercado, o Moo já ganhou dois importantes prêmios de design. O primeiro foi o Dieline Awards 2017, premiação nos EUA que reconhece os melhores designs de embalagens do mundo. Moo ficou em primeiro lugar na categoria de embalagens de lácteos, óleos e condimentos.
Logo depois, o Penta Awards, maior prêmior de design de embalagens do mercado europeu, concedeu medalha de prata ao Moo na categoria alimentação.