O olhar cervejeiro de uma fotógrafa

O olhar cervejeiro de uma fotógrafa

- em Entrevistas
Pixação, projeto LDAC. Foto: Thaís Caroline

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Pensando nisso, fomos conversar com a Thaís Caroline, fotógrafa que faz lindas imagens de cervejas (e  atualmente muitas outras bebidas), para entender suas motivações e conhecer um pouco mais do trabalho que faz no Studio Pop Up 18. Conhecemos seu trabalho por meio das fotos que a Morada Cia Etílica postou em seu Instagram e depois disso acompanhamos seu trabalho com outras cervejarias com fotos bem produzidas, coloridas e trazendo todo um destaque para a marca.

Criativa e com muita sede, Thaís conversou com a gente e contou um pouco mais sobre a carreira e um fato inusitado de sua família, o laço entre o trabalho atual e uma antiga história cervejeira brasileira.

Thaís Caroline, a fotógrafa
Thaís Caroline, a fotógrafa

Farofa Magazine: O que te levou a ser fotógrafa?

Thaís Caroline: Quando eu estava no final do ensino médio perto da formatura uma amiga levou uma câmera fotográfica daquelas semi profissionais, e pedi pra tirar umas fotos da turma, eu não sabia nada a respeito mas quando olhei pelo viewfinder eu achei incrível, aquilo despertou em mim aquele sentimento de é isso que quero fazer; esse ano vai completar 10 anos de fotografia.

F.M.: Por que uma boa foto de cerveja é importante?

T.C.: A gente sabe o quanto as pessoas se dedicam para criar uma cerveja e uma marca, desde o processo de criar a bebida em si até o rótulo etc, e pensando nisso através das fotos nós podemos valorizar ainda mais esse trabalho.

 

Especial Halloween. Foto: Thaís Caroline

F.M.: Quem é o Raul, o mestre cervejeiro em sua vida?

T.C.: Raul é meu avô por parte de pai. Ele trabalhou muitos anos para o senhor Rupprecht Loeffler na cervejaria Canoinhense em Santa Catarina.

F.M.: Então quer dizer que sua família é cervejeira? Faz quanto tempo?

T.C.: Sim minha família tem um grande laço com o ramo cervejeiro, esse laço já dura mais de 35 anos. Meu avô começou trabalhando fazendo entregas para Schincariol e Brahma, após um tempo começou a ajudar seu irmão Tadeu que já trabalhava na cervejaria até virar mestre cervejeiro.

F.M.: Tem alguma memória afetiva com aromas de cerveja, alguma história divertida?

T.C.: Hoje a cervejaria é fechada, mas eu tenho uma lembrança que gosto muito lá pelos meus 16 anos fui pela primeira vez acompanhar o processo da produção da cerveja com meu avô, e eu lembro dele colocando as folhinhas de lúpulo no tacho de cobre e mexendo o mosto,  aquele aroma da fervura subindo me marcou bastante, mesmo que bem artesanal era muito bonito todo o processo.

Cerveja Xingu, 2022. Foto: Thaís Caroline Cerveja Xingu, 2022. Foto: Thaís Caroline

F.M.: Qual sua cerveja favorita no momento?

T.C.: Eu gosto muito de provar coisas novas, e confesso que nunca gostei muito de IPA, mas no momento o que eu tenho mais apreciado são as NEIPAS e as Double IPAs.

F.M.: Uma cervejaria tradicional e antiga, um estúdio de fotografia moderno e novo. Onde as histórias se juntam?

T.C.: Mesmo fotografando há bastante tempo nunca havia fotografado cerveja, isso até ano passado. Desde que fiz o curso de fotografia a vontade sempre foi fotografar produtos mas ainda não sabia o que. Os dois últimos anos foram difíceis para todos e para nós não foi diferente, ano passado parece que virou uma chavinha, a inspiração veio de alguns fotógrafos brasileiros e internacionais e eu pensei por quê não? Eu amo cerveja,  faz parte da minha história, era isso que eu tinha que fotografar, fomos atrás montamos nosso portfólio e eu sou muito grata por tudo que já fizemos até agora.

F.M.: O que é cerveja para você?

T.C.: Nossa, eu fiquei pensando alguns dias nessa pergunta. É difícil ter uma resposta só, porque cerveja tem muito significado pra mim. Mas acho que principalmente é história, é troca, é trabalho e amor!

 

Conheça mais do trabalho da Thaís:

https://www.instagram.com/studiopopup18/

https://studiopopup18.com.br/

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